quinta-feira, 25 de março de 2010

Última semana em Paris

Olá queridos,
Sei que já passou o prazo e deveria ter escrito sobre isso a algum tempo, mas infelizmente a última semana em Paris foi bem tumultuada, com direito a despedidas, muitas compras e aproveitar tudo ao máximo.
No primeiro dia da última semana, fui ao Museu do Chocolate. Lá contava como o chocolate foi descoberto, como era preparado inicialmente (sabia que a bebida do chocolate veio antes da barra?), as louças que eram utlizadas para tomar o chocolate, peças de fábricas, formas, cartazes da época, embalagens e claro, várias esculturas fabricadas com chocolate. Acreditem ou não, dentro do museu tinha um fonte de chocolate! Só que não estava ligada =((((
Depois de saber um pouquinho da história do chocolate, fui assistir a uma aula demonstrativa de como são preparados os bombons e claro, no final, degustar! Sabe o que é uma casquinha de chocolate com recheio de Nutella? Hummmmmmmmm... era esse o bombom!
Na última semana, andei muito pela Champs-Elysée (acho que passei por lá todos os dias), fiz todas as compras possíveis em uma loja chamada Yves Rocher, uma loja de cosméticos, que vende sabonetes em barra, líquidos, hidratante, shampoo, condicionador, tudo de marca própria. Usei muito os sabonetes desta marca enquanto estive aqui. São ótimos! Passei pela Sephora mais uma vez, cheirei todos os perfumes que tinha direito (devia ter comprado lá, pois quando passei pelo Free Shop, os perfumes que eu queria nem tinha chegado ainda por lá... resumo da ópera, fiquei sem). Comprei tudo que já estava ensaiando para comprar. Sem citar todas as ópticas que eu andarilhei atrás de óculos pra minha mãe...
Descobri também que pertinho do Centre Pompidou existem vários brechós sensacionais e que os franceses usam muito mesmo para comprar, mas não tive muita paciência de ficar procurando algo que serviria pra mim além de conseguir usar os estilos aqui no Brasil depois. Por ali também descobri a José Paulino / 25 de março deles, pois entramos em várias lojas baratíssimas que só podiam vender para lojistas.
Fui também a uma peça de teatro chamada "Como se tornar parisiense em uma hora", uma peça em inglês e francês onde uma francês engraçadíssimo ensina em 10 lições alguns costumes dos parisienses. Não poderia ter vindo em época melhor, poder perceber todas as manias e costumes dos parisienses no metrô, na rua, comprando... amei!
Descobri no último dia a melhor patisserie de Paris, chamada Angelina, ficava pertinho do Jardin de Tuilleries, Musée du Louvre e claro, da escola. Comi os melhores macarronis, e aproveitei para comprar um caixinha para a mamis.
Uma delícia andar por Paris, descobrir mais um pouquinho, se despedir...

E pra finalizar, let´s go to London by EUROSTAR! Uma viagem deliciosa e rápida (2h20) entre as duas principais capitais da Europa babe! Je suis très chic!...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Domingo, 21 de fevereiro de 2010

Último dia do Ti em Paris, fomos para Versailles. O dia estava meio nublado, mas tudo bem, no inverno não veríamos muita coisa no jardim mesmo. A viagem até Versailles é bem comprida, tem que pegar um trem em alguma estação de metrô e demora cerca de 40 minutos até chegar no bairro. O bairro próximo ao Palácio é lindíssimo, bem tradicional, com casinhas fofinhas.
Este palácio foi construído por Louis XIV no ano de 1664 para abrigar toda a família real. Consistia em diversos cômodos (pois o palácio é enorme) onde a família dava bailes, estudava, dormia, tinham reuniões e também passeavam. A visita no palácio é com audio-guide (vocês verão nas fotos a gente com um fone de ouvido ridículo e por isso a visita se torna muito mais interessante.
Conforme você vai passando pelos cômodos da casa, existe uma explicação do que acontecia naquela sala, de porquê foram pintadas aquelas figuras e até porque aquele cômodo se encontra naquela direção do Palácio. É muito bom mesmo! Juntando a Conciergerie, Louvre e Versailles , eu praticamente recriei toda essa época na minha cabeça e tudo começou a fazer um pouco mais de sentido.
Mas Versailles não é só o Palácio. Tem ainda um jardim maravilhoso e gigantesco no fundo dele, com lagos, fontes, estátuas, lindíssimo! Hoje muitas pessoas freqüentam os jardins para correr, caminhar, brincar com as crianças... No final do Jardim, ainda existe 3 mini-palácios que eram usados por Maria Antonieta e Louis XVI para terem um pouco mais de privacidade e deixar um pouco de lado toda aquela obrigação de Rei e  Rainha. Vocês sabiam que quando um herdeiro ia nascer, tinha que ter a presença do povo para realmente comprovarem de que aquele herdeiro era legítimo? (ou pelo menos legítimo da rainha né? Pois a gente sabe que Maria Antonieta era muito da safadinha).
Dentro do Palácio, o que tem de mais impressionante, além dos aposentos reais, é a Chapelle Royale, que é uma linda capela onde a família real celebrava missas. Galerie des Glaces, ou sala dos espelhos, que consiste em uma sala comprida que de um lado estão as janelas e logo em frente, espelho, para refletir o jardim na parede inversa. Foi lá que foi assinado o Tratado de Versailles.
Adorei o passeio e acho que vale muito a pena, mas deve valer mais a pena ainda na primavera e no verão, pois o Jardim deve ficar lindíssimo! E tem que passar o dia, chegar bem cedo e ir embora só no finalzinho da tarde. Em Versailles há diversos locais para comer e tomar um café, então nem precisa se preocupar em levar um lanchinho. Se der, vá de tênis e faça uma caminhada pelos jardins no final (se ainda agüentar).
Depois deste passeio maravilhoso e do final de semana sensacional, pegamos o trem de volta para Paris. Eu voltei para a casa e o Ti já foi direto para o aeroporto no final da tarde!
Um bisou e à demain!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sábado, 20 de fevereiro de 2010

Acordamos bem cedinho e já partimos para a caminhada longa que seria o nosso dia! Passamos primeiro na Catedral de Notre-Dame, pois o Ti queria muito conhecê-la e depois partimos para o Louvre. Não sem antes mostrar o Rio Sena durante o dia e aproveitar pra comer um crepe delicioso de Nutella, afinal, se está em Paris, tem que comer um crepe de Nutella!
Chegamos ao Louvre e descobrimos que ele era grande demais pra gente. Tentamos escolher algumas galerias pra conhecer que mais nos interessava, mas devo dizer que foi meio complicado seguir alguma lógica dentro daquele Museu, quando você vê, já está em outro lugar.
Vocês sabiam que antes de mais nada o Louvre era um Palácio? Sim, construído pelo rei Charles V, que foi o primeiro a vir morar nele. Tem uma exposição no subsolo (que encontramos sem querer, vou ser sincera) que tem as paredes do antigo Louvre e a maquete de como era o palácio antes de ser construído o museu. O Palácio foi transformado somente na época de Napoleão e aberto ao público, mas até ai, já havia um acervo gigantesco dentro dele.
Acabamos vendo as principais obras do museu do Louvre: A Monalisa, Venus de Milo, os apartamentos de Napoleão, a coroa de Louis XV, Vitória de Samotrácia, o Escravo Moribundo de Michelangelo, o Gladiador de Borghèse e a estátua de Ramsés II.
Adoramos. Passamos umas 5 horas descobrindo (ou pelo menos tentando) descobrir tudo do Louvre, mas devo confessar que foi difícil. Depois de tantos dias e depois de tantos museus visitados, o ritmo não é o mesmo. E o Louvre foi pra fechar com chave de ouro (acho que fico um bom tempo sem voltar a nenhum museu!).
Fomos para a Torre Eiffel, hoje era o grande dia de subirmos na torre e vermos o que todo mundo tanto fala! Chegamos no Trocadeiro, que é o local onde todo mundo vai pra tirar foto com ela, é o melhor lugar mesmo, além de ser lindíssimo. Descemos até a Torre e fomos ver primeiro de tudo mais informações sobre o passeio de barco pelo Sena. Compramos o ticket e fomos enfrentar a fila do ticket da Torre.
Que a torre é linda, isso todo mundo sabe. Que vista são lindas, também. Compramos o ticket para subir até o terceiro andar, o primeiro andar tem o restaurante, o segundo tem uma plataforma aberta e o terceiro, que fica lá na pontinha de cima, tem uma plataforma fechada.
Enfrentamos uma fila do cão, tanto pra comprar o ticket, quanto em todos os elevadores (do segundo para o terceiro troca de elevador) e aproveitamos muito só no segundo andar. A vista é linda. Subimos no finalzinho da tarde, então pegamos o sol todinho rosado e depois tudo escurinho e as luzes da cidade acesas. Mas aproveitamos mesmo no segundo andar. O terceiro além de ser todinho fechado, ainda reflete quando você bate foto. O legal do terceiro andar é que tem umas plaquinhas indicando pra que lado está situado as principais capitais e a quantos km está da Torre (mas nada que uma boa noção de norte-sul não faça) e o ruim é: pensa num lugar fechado, no final da tarde com um monte de gente, contando claro, que algumas não tomam banho regularmente? Imaginou? Poisé...
Minha dica: Suba na Torre sim, de preferência durante a semana e no final da tarde, mas não vá até o terceiro andar. Além de ir até o segundo ser mais barato, a vista é muito parecida e não se aproveita muito de lá de cima.
Depois de descermos da Torre, fomos comer algo antes do passeio de barco e aproveitamos pra já estar ali pertinho e optamos em comer no Café Sena, que é um restaurante que fica logo ali no Sena, do lado do barquinho. Uma porcaria! Como, por todos os anjos, uma pessoa tem um restaurante em um local super público, onde a culinária é super tradicional e famosa, e tem coragem de servir uma comida daquelas? Fria, sem gosto... e quando fui reclamar pra garçonete, ela me mostrou o microondas no salão do restaurante! Aquilo é uma afronta pros franceses! Ainda bem que o vinho que escolhemos para o passeio de barco foi certo. Mas também, aqui na França, qualquer vinho de 3€ é delicioso!
Engolimos literalmente a comida (mas só porque foi paga em euro) e fomos correndo pro barco! Uma delícia! Façam o passeio! Nós ficamos do lado de fora, mesmo com o frio (que no final, achávamos que ia ser bem maior) e foi maravilhoso! O barco sai da Torre Eiffel, passa pelo Les Invalides, Segue para o Musée D´Orsay, pela Catedral de Notre-Dame, pela Ponte Alexandre III até a Biblioteca Nacional da França. Na volta, passa pelo Hôtel de Ville, La Conciergerie, O Louvre, Place de La Concorde e o Grand Palais, voltando para a Torre. O passeio dura 1h e é traduzido em vários idiomas, mas como eu já conhecia a maioria dos lugares, fui mostrando para o Ti tomando um vinhozinho... Uma ótima guia! Hehehehe
Subimos o Trocadero e corremos de frio para o metro e para o Hotel, pois o dia seguinte seria ainda mais intenso!
Au revoir!!!

Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010‏

É hoje que o Ti chega! Que delícia! Estou super ansiosa pois farei alguns passeios que estou doida pra fazer e que deixei pra ir com ele! Adoro!
Bom, pra começar, hoje foi despedida de dois queridos da sala, uma mineira e um brasiliense, então fomos os 3 almoçar em um restaurante estilosinho ali pertinho da escola (um entre tantos). Comi uma entrada de salada verde (na salada verde deles, vem aquela alface – que nem sei se é alface – com algumas partes roxas, Gabi, como chama? Eu adoro), tomatinhos cereja e um retângulo de queijo mozzarela derretido por dentro e tostadinho por fora. Mais uma vez o tempero da salada foi uma incógnita, já que tinha gostinho de azeite, erva e claro, noz moscada. Sensacional! Como estava meio gripadinha, resolvi pedir um bifão pra calibrar minhas proteínas! O bife estava gostando, mas nada demais... e veio acompanhado com batatinhas fritas (que as do Mac são bem melhores hehehehehe).
Depois disso, comecei a fazer umas compras, primeiro de encomendas e depois de algumas encomendas, que não vem ao caso. Fui pra casa tomar um banho e parti de mala e cuia para o Hotel que ia ficar com o Ti. Na casa de família que estou, não pode receber visitas. =(((
O hotel ficava na estação Marcel Sembat, bem no finalzinho da linha 9. É longe, mas pro que íamos fazer na nossa programação, ele ficava bem viável, pois estava próximo a maioria das linhas. Dessa vez não ficamos em um Hostel e sim em um hotel 2 estrelas, pois acreditem, era mais barato que qualquer hostel aqui em Paris. Antes que me perguntem, o Bastille não tinha mais vaga, além do que o quarto duplo vem com beliche e NINGUÉM MERECE! Era muito bom, cama boa, wifi gratuito, TV a cabo (adoro assistir desenhos em francês, eles são bem inteligíveis), só não tinha café da manhã incluso mas eles  oferecem pela modesta quantia de 8€ e o banheiro (que era dentro do quarto) parecia banheiro de navio! (caso não saibam, googleiem, svp!).
O Ti acabou chegando lá pelas 7h30 e nosso roteiro da noite era Champs-Elysée, Arc Du Triomphe, circuito Pont Alexandre III, Petit e Grand Palais e finalmente, Place de La Concorde.
Descemos na estação Franklin Roosevelt (que era a mesma linha da estação do hotel) e saímos no meio da Champs, onde começam as lojas. Andamos do lado direito em direção ao Arco do Triunfo olhando as lojas. Fomos até o Arco, tiramos fotos de todos os ângulos possíveis e consegui ver a Torre. No dia que fui ao Arco durante o dia, não consegui ver a Torre, pois estava muito nublado, mas essa noite estava super nítida. Voltamos caminhando pelo lado esquerdo da Champs, olhando as lojas maravilhosas, que a esta altura, já estavam fechadas.
Paramos em um restaurante muito bem recomendado pelo pessoal da escola, que fica na Champs mesmo, chamado Pizza Pino. É um restaurante italiano e por incrível que pareça, é o que mais tem na avenida mais francesa da França toda! Hahaha Comemos um bife a parmegiana, com camada extra de queijo e de berinjela por cima, acompanhado de um spaguetti ao molho sugo (de tomate mesmo) e um vinho semi-seco. O que pra mim é o melhor e são os vinhos que mais tem por aqui!
Depois de manger beaucoup, continuamos a nossa caminha, agora em direção oposta ao Arco para ir até a Pont Alexandre III, para vermos o Rio Sena e termos outra visão da Torre a noite. Tudo maravilhoso. Depois de passarmos em frente ao Petit e ao Grand Palais iluminados, vermos a ponta também iluminada e claro, o Hôtel des Invalides ao fundo (tão iluminado quanto), vimos a Torre. E qual não foi a nossa surpresa ao descobrir que, por ser 11h, ela iria piscar? Poisé, a cada hora, a Torre Eiffel pisca.
Continuamos seguindo até a Place de La Concorde e a entrada do Jardin Du Tuilleries (Louvre) que já estava fechado. A vista da Torre ainda nos seguia ao fundo... Um início de final de semana muito gostoso e romântico...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Quinta-feira, 18 de fevereiro 2009

Hoje fui até a Conciergerie. Chegando lá, onde existe um bilhete casado para a Saint-Chapelle (que ainda irei), a espera estava de 1h. Então resolvi ir somente à Conciergerie mesmo e outro dia voltar. Por sorte, ao entrar, tinha uma visita guiada as 15h (que duraria mais ou menos 1h) e arrisquei acompanhar, mesmo sendo em francês. Conseguia entender somente algumas partes, pois além da guia não ter um microfone, ainda tinha mais umas 30 pessoas comigo se amontoando em volta da coitada (será que estudante de francês não tem preferência pra ficar na frente? RS).
A Conciergerie originalmente era a casa da família real até o século 14, após este período, a monarquia francesa mudou-se para o Palácio do Louvre (onde hoje é o Museu do Louvre) e o prédio foi transformado em prisão temporária onde geralmente os presos permaneciam lá por no máximo 1 semana esperando julgamento e por sua vez, para serem guilhotinados. Foi durante a Revolução que o local se tornou mais popular e teve seu tempos de terror por ter passado mais de 2 mil presos da Revolução a espera da guilhotina.
Em 1793, o Tribunal Revolucionário instalou-se no primeiro andar do prédio, na antiga grande sala do Parlamento de Paris. A partir daí, todos os prisioneiros detidos nas diferentes prisões de Paris, assim como em algumas prisões das províncias, e que deveriam comparecer perante o tribunal, foram progressivamente transferidos para a Conciergerie. Seu número não parou de aumentar, sobretudo após a votação da "Lei dos Suspeitos", em 17 de setembro.

Os detentos que tivessem comparecido perante o Tribunal que acontecia no Palácio de Justiça de Paris, adjacente à Conciergerie, e tivessem sido condenados à morte não eram trazidos de volta para suas celas. Eram imediatamente separados dos outros prisioneiros e conduzidos, os homens para o anexo traseiro ao prédio, as mulheres para pequenas células situadas no corredor central. Assim que o carrasco e seus ajudantes chegavam, todos eram reagrupados em um vestíbulo batizado como "sala de toalete" para serem despojados de seus pertences pessoais, terem seus cabelos cortados e serem amarrados. Enquadrados por policiais, os condenados - algumas vezes às dezenas - atravessavam a sala do guichê e ganhavam o Pátio de Maio, que dava para a Rua de la Barillerie. Era lá que os detentos aguardavam as carroças que os conduziria até a guilhotina.

Por ali passaram grandes nomes da história da França: Ravaillac, o assassino do Rei Henri IV foi ali torturado. Danton e Robespierre, revolucionários. Luis XVI não chegou a ficar preso no local e foi direto condenado, acusado de traição, a guilhotina no dia 21 de janeiro de 1793. Já sua esposa, Maria Antonieta permaneceu presa por quase 2 meses (única exceção) e depois também condenada.
Atribui-se, à Maria Antonieta, uma famosa frase: "Se não têm pão, que comam brioches", que teria sido proferida a uma de suas camareiras certa vez que um grupo de pobres foi ao palácio pedir pão para comer. Maria Antonieta foi condenada à morte e foi guilhotinada no dia 16 de outubro de 1793, em Paris, na praça, hoje denominada, "Place de La Concorde". Dentro da Conciergerie, um monumento erigido por Luis XVII lembra o local onde se situou a cela final de Maria Antonieta, marcada pelas cores do luto real e os símbolos da dinastia Bourbon, onde, na parede, encontram-se escritos os nomes dos três mártires reais , Luis XVI , Maria Antonieta , e Madame Isabel . Há também a transcrição de um trecho do testamento de Maria Antonieta , no qual ela lembra, aos filhos, o que disse seu esposo Luis XVI, sobre perdoar a todos pelo mal que fizeram à sua família.
Adorei o passeio e pretendo voltar em um dia bem ensolarado para conhecer a Saint-Chapelle e também o Palácio da Justiça (onde só pude ser a entrada).
PS: Eu sei que estou um pouquinho atrasada nos posts, mas c´est La vie hein! Bisouuuu

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010‏

Bonjour!!! Ça va bien?
Que saudades que estava de ver esses queridos falando francês a todo o momento. Não gostei dos italianos! Hahahahaha (olha... negando a raça... ma vá!) Bom, mas eu não sou mau educada com as pessoas e sempre que posso, gosto de ajudar... os turistas principalmente coitados!
Hoje fui conhecer o Arc de La Défense, ele nada mais é do que um arco super moderno situado no bairro de La Defense, que também é um bairro com muitas construções modernas. Ele é um cubo branco de 112m de altura, feito de mármore branco e aberto no centro. Ele se alinha ao Arco do Triunfo, a Champs - Elysée e também a praça de La Concorde. Ali pertinho dele também tem um shopping chamado CNIT que também é muito moderno. Paris, pra quem não sabe, não tem shopping, as lojas são todas de rua e no máximo tem algumas galerias ou uma galeria enorme como a Lafayette (que lembra um shopping).
Não sei se vocês perceberam, mas eu não fiz nenhum post na quarta-feira passada, pois já tinha ido a esse museu e também a Torre Eiffel, e não montei o post pois além de super atrasada que estava, seria dois lugares que eu voltaria a escrever pois irei voltar pra lá.
Fui ao Hôtel des Invalides na quarta passada e voltei na segunda para ver o restinho que faltava. Ele foi construído por Luís XIV em 1670 para dar abrigo aos inválidos do exército. Hoje, além de ser a casa eterna de Napoleão Bonaparte, é também o Musée de L´Armée e uma necrópole militar.
Na frente do prédio e também no pátio existe uma série de canhões enfileirados. O alinhamento dos canhões na esplanada é altamente simbólico. Esses canhões estão apontados ao Palácio do Eliseu para lembrar ao seu locatário que na França o soberano é o povo, e que este pode a qualquer momento retomar as armas.
Fui primeiro à exposição de Louis XIV à Napoleão primeiro que consiste em uma mostra de todo equipamento que era utilizado pelo exército na época dos dois reis: armaduras, chapéus, armas, espadas, roupa de montaria, quadros, vestes, etc. Depois fui ao museu da Primeira e Segunda Guerra Mundial, e foi aí que eu me impressionei. Esta parte do museu é toda explicativa, mostrando os anos, porque as guerras começaram, quem eram os inimigos e os aliados, mostra além de vestes e utensílios típicos de cada guerra,  cartazes, apelos, chamados. Tem vários mapas interativos, que mostram como as tropas e quais tropas estavam invadindo onde. Contava histórias e passava vídeos da época nos telões espalhados por todo o museu. Foi um dos melhores e mais bem feitos museus que eu já estive na vida. Gostaria muito de poder voltar lá com muito mais calma e poder ver todos os filmes, ler todas as placas e prestar muita atenção em cada mapa que é colocado.
Além destes dois museus, o prédio também abriga a Capela de Saint-Louis-des-Invalides, que é onde está situada o túmulo de Napoleão Bonaparte.Suas cinzas estão no centro desta capela dentro de um monumental sarcófago de madeira. Ao seu redor também estão os túmulos de seu filho, François Bonaparte, e de seus irmãos Joseph e Jérôme.
A cúpula dourada dos Inválidos constitui um dos pontos de referência da paisagem parisiense. Logo à frente, encontra-se o Sena que é atravessado pela Ponte Alexandre III, chegando ao Petit Palais e ao Grand Palais.
A Ponte Alexandre III é a ponte mais linda de Paris. Faz parte do conjunto arquitetônico formado pelos dois Palais onde ao final encontramos a Champs-Elysée. Ela é decorada com querubim, ninfas e cavalos alados dourados nas extremidades. Foi nomeada assim após a aliança Franco-Russa feita pelo czar Alexandre III em 1892. E foi daí, da Ponte Alexandre III que eu vi pela primeira vez a Torre Eiffel! Linda, ao pôr-do-sol.
E pra terminar vi os dois Palais, que foram construídos em torno de 1900 para servirem de casa para exposições temporárias. O local foi escolhido, por estar no meio da Champs-Elysée. Hoje, o Grand Palais é o único que ainda mantém somente exposições temporárias, enquanto o Petit Palais tem uma exposição permanente e de vez em quando, uma temporária. Hoje é conhecido como o Museu de Belas Artes da Vila de Paris.
Entrei no Petit Palais para conhecer a expo permante que consiste em quadros, monumentos, vasos, jóias e tapetes do século XVII ao XIX, da época do Renascimento, Mundo Cristão e Antiguidade Grega e Romana. Além do seu interior ser lindíssimo, com arcos esculpidos, pinturas nos tetos e um jardim interior, um chuchu!
Ufa ufa... mais tarde tem mais! Estou quase em dia com todas as novidades hein! Mas não acaba nunca... só dia primeiro mesmo!
Beijãooooo com saudades de vocês (mas sem vontade de voltar)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Domingo, 14 de fevereiro de 2010

Chegamos cedinho ao aeroporto de Roma (desta vez sim o Ciampino, os dois juntos) para pegarmos o vôo, o meu saía às 7h e o do Ti só às 10h. Correu tudo bem comigo, acabei chegando em Paris as 11h (em casa) e com o resto do dia pra aproveitar, que apesar de estar -6 graus, estava um sol maravilhoso no céu.

Como o medo do sol não aparecer mais (já tinha se passado 2 semanas e nada de ver o sol), aproveitei para conhecer o Jardim de Luxemburgo. Este jardim tem 25 hectares e é bem tradicional, circundando o Palácio de Luxemburgo. Logo que entrei já vi a lateral do Palácio a minha direito e a Fontana de Médicis à minha esquerda. Ela é linda, muito grande e os pássaros adoram tomar banho lá, mesmo com metade da água congelada e a outra metade quase!

O Jardim é repleto de estátuas, a sua maioria construída durante o século 9. Tem também um monumento em homenagem ao pintor Eugène Delacroix. As árvores estavam todas desfolhadas, bem com carinha de inverno, muitas partes do jardim estavam com neve, mas o dia de sol fez com que os parisienses aproveitassem o dia para esquentar os ossos.

Além de inúmeras cadeiras e bancos espalhados por todo o jardim, tem também um playground para crianças, um espaço de café (que devia estar fechado por causa do inverno), coreto e quadras de tênis.

Uma atração que estava tendo no Jardim e que, por sorte minha, era o último dia, era uma exposição de 150 anos do orquidário do Jardim de Luxemburgo. Poisé, o Jardim tem um orquidário que completou 150 anos e com mudinhas da mesma idade também.

Demorei em torno de 40 minutos na fila, mas valeu muito à pena. Depois de conhecer o parque todo, entrar naquele ambiente cheiroso e tão cheio de flores pequenas e delicadas foi sensacional. Ver plantas de 1890, 1920 e ver que elas ainda dão flores maravilhosas, não tem preço!

Depois de tudo isso, já eram 4h e eu estava morta de fome e também de cansaço, pois tinha acordado as 4h pra pegar o vôo. Voltei para a casa e qual a minha surpresa em descobrir que o Monoprix (mercado) fechava de domingo a tarde? Tive que apelar para o Mc Donald´s e pasmem, comi um lanche no Mc francês! Sim, era o hambúrguer normal só que com o pão típico francês , uma delícia! Hahahahaha

E foi só, de noite separei minhas roupas para a Madame lavar, arrumei as coisas que estavam na mala e descansei bastante!
beijoooooo

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sábado, 13 de fevereiro de 2010

Acordamos bem cedo e já saímos para aproveitar bem o dia. O dia amanheceu com sol e ele se manteve por todo o tempo! Foi ótimo, pois não passamos tanto frio! Fomos para a estação Termini para comprar o ticket do ônibus do Tiago para o aeroporto e descobrimos que tínhamos comprado um diferente do meu. E vai a gente correndo tentar vender o meu bilhete para tentar comprar um outro igual ao do Tiago (que era mais barato). Acabamos encontrando uma italiana simpática (e olha que coisa rara hein) e ela comprou da gente. 


Depois de todo esse vuco-vuco começamos o passeio do dia.
Rumo ao Vaticano, partimos da estação Termini a pé e passamos pela Piazza Sta Maria Maggiore, por igrejas maravilhosas que ficavam escondidinhas entre ruas e prédios até chegarmos ao Panteon. Ele é o único edifício da época Greco-romana que conseguiu se manter em bom estado de conservação. Primeiro era dedicado aos deuses do panteão romano e desde o século 7, como templo cristão. é utilizado como última morada de personalidades italianas ilustres, como o pintor Rafael, de dois reis de Itália: Vítor Emanuel II e Humberto I, e sua mulher Margarida I.

Chegamos até a Ponte Sant´Angelo e ao Castelo Sant´Angelo. Criado pelo imperador Adriano, este castelo servia como mausoléu pessoal e familiar. Em pouco tempo, sua função foi trocada para ser utilizada como edifício militar. Lá funciona um museu, que infelizmente não fomos visitar por falta de tempo.

Por fim, chegamos à Basílica de Saint Pietro e ao Vaticano. Primeiro fomos conhecer a Basílica, vimos várias estátuas de ex-papas e também um monumento bem ao centro do túmulo do fundador da Igreja católica, Pedro. Descemos para uma sala subterrânea que tinha os túmulos de todos os papas, claro, que onde todas as pessoas paravam e rezavam era o do João Paulo II, o papa do nosso tempo.

Saímos da Basílica e fomos ao Museu do Vaticano. Íamos subir até o domo da Basílica, mas mais uma vez fiz a relação custo x andares que tenho que subir e achamos melhor ficamos com os 7km de extensão do Museu mesmo.

Dentro do museu, passamos por diversas exposições: Egito, Grécia, arte sacra moderna, coleção de tapetes, pinturas de cartas de navegação. Vi até uma múmia de verdade! O Museu parece um palácio de tão luxuoso. Muitas pinturas nos tetos, muita decoração. Em uma sala, escondido, encontramos o Pensador...

E chegamos até a Capela Sistina, a atração mais esperada por todos. Até foto proibida teve direito (único lugar no museu que não podia fotografar e os seguranças ficavam em cima mesmo). É o lugar mais delicioso que eu já fiquei (e olha que tinha muita gente e os seguranças não eram educados), sabe aquele lugar que você senta e se sente confortável? 

Ficamos 40 minutos em cada uma das laterais para observar as pinturas no teto e nas 
paredes. São belíssimas. Em um primeiro momento, você não se encanta, mas depois, não tem como não adorar.

Saímos do Vaticano e já era noite. Subimos caminhando até a Piazza Navona, que é uma praça onde se concentra uma feirinha e um monte de restaurantes. Paramos em um mais charmosinho e com preços mais acessíveis. Hoje seria o dia da pizza! Pedimos um vinho da casa (que estava gelado por era “meio” espumante) e uma pizza de margherita e outra com champignon e alcachofra. Massa fininha, crocante, com molho de tomate mesmo fazendo a cama para o recheio. Muito gostosa... mas posso dizer? As pizzas de Sampa são BEMMMM  melhores!

Resolvemos subir a pé pois ainda era cedo e queríamos ver alguns pontos de noite. Tive que parar para tomar um sorvete (Gellati) típico italiano que é SENSACIONAL! Tomei uma bola de chocolate (muito melhor que os nossos, aliás, todo chocolate aqui na Europa são muito melhores que os brasileiros) e outra de canela! Poisé, sorvete de canela! Delicioso! E acredita q meu frio passou depois de tomar sorvete? Não me pergunte por quê... mas se alguém souber a resposta, eu aceito!

Passamos pela Fontana de Trevi novamente e pela Piazza Quattre Fontane e fomos para o hostel, pois tínhamos que acordar as 4h da matina para irmos pro aeroporto!

Muitos beijos italianos!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Nosso vôo (meu e do Ti) saía bem cedinho das nossas respectivas cidades. E deveríamos chegar por volta da hora do almoço em Roma para conseguirmos aproveitar muito a sexta. Infelizmente estava tendo uma tempestade de neve (como minha mãe sempre diz: gente chique é outra coisa né). O meu vôo deveria pousar as 11h45, acabou pousando só as 12h30, pois estávamos esperando a pista estar seguro para poder (uia, que medinho!).

Quando desembarquei e, pra variar, não vi o Tiago me esperando (ele deveria chegar algum tempinho antes), já fui correndo dar uma olhadinha na tela de chegadas, e pra variar mais uma vez, aconteceu uma coisa inédita, o vôo dele tinha sido transferido pra OUTRO aeroporto! Hahahahaha.., só rindo mesmo. Fui até o balcão de informação (que estava um vuco-vuco de gente, pois 2 vôos tinham sido cancelados) pra ver se os passageiros seriam levados até lá (o que é o normal de se fazer) ou se seria cada um por si. E o que esperar das cias low cost – low fare que se não, TVN! Te vira negão! (fomos de Ryanair)

O aeroporto de Ciampino é bem precário, ele só opera vôos nacionais e cias LC-LF, então imagina o nível! Tinha UMA cabininha de internet no saguão todo e tinha uma fila gigantesca! Não dava pra ficar ali esperando a vida passar, então pensei, se o aeroporto (que seria o primeiro ponto de encontro) não deu certo, o próximo ponto é o hostel! Fui pro hostel.

Chegando lá, nada do Tiago! Entrei na internet e ele havia me mandado um e-mail dizendo que estava vindo para a estação Termini (que foi a mesma estação que eu cheguei e que era do ladinho do hostel) e que depois iria me encontrar no aeroporto! Ain Jesus cristinho... começaram as minhas rezas para que o Ti quando chegasse em Termini tivesse a boa idéia de checar o e-mail dele com a minha resposta de VEM PRO HOSTEL antes de pegar a navette pro outro aeroporto! E não é que foi isso mesmo que ele fez? Encontramos-nos depois de 1/2h que eu havia chego!

Bora sair pra passear!!! Resolvemos fazer tudo a pé e se mais tarde víssemos que iríamos precisar comprar o Open-transporte de Roma, compraríamos. Mas não precisou. Roma é muito pequena, fizemos tudo a pé (ou quase tudo). Resolvemos descer pela Avenida XX Settembre, onde passamos pela Piazza Quattro Fontane, que é uma esquina com 4 fontes, uma em cada esquina do cruzamento. Depois chegamos até a Piazza Quirinale e ao prédio Quirinale (também), que é a sede oficial da presidência italiana.

Continuamos caminhando e chegamos à famosa Fontana de Trevi, onde você deve jogar uma moeda de costas na Fontana e desejar voltar para Roma! Muito linda a Fontana, tanto de dia como de noite! Descendo rumo ao Coliseu, passamos pelo Monumento a Vittorio Emanuele II , que situado na Piazza Venezia, homenageia o primeiro rei italiano.

Em direção ao Coliseu (já o vendo ao fundo) passamos pelo Palatino, que ruínas de onde Roma foi fundada em 753ac e claro, o Coliseu! Lindo, majestoso, símbolo do império romano, era cenário da política do pão e circo abrigando até 50 mil pessoas. Era utilizado para uma série de espetáculos, entre eles as lutas de gladiadores e também aqueles famosos massacres de cristãos lutando contra leões. Infelizmente não conseguimos entrar no Coliseu devido a neve e o atraso dos vôos, quando conseguimos chegar até ele, já estava fechado... =(

Saímos do Coliseu e passamos pelo Arco di Constantino, rumo ao Circo Massimo, arena usada para entretenimento e abrigava 385 mil pessoas e as também conhecidas corridas de bigas (carro de duas rodas, puxado por 2 cavalos – é só pensar no símbolo do romano).
Como já estava escuro e já tínhamos batido muita perna, resolvemos ir em Trastevere, que é um bairro cheinho de cantinas italianas para jantarmos e bebermos um bom vinho! Escolhemos uma cantina indicada por um italiano, dono de uma loja. O atendimento péssimo, a comida e o vinho maravilhosos. Tivemos que engolir seco.

Pedimos uma entrada de brusquetta, que nada mais era do que uma fatia de pão italiano bem durinho, com azeite de oliva, tomates fresquíssimos e folhas de rúculo (não amarga) + primeiro prato, um spaguetti, o meu com bacon e um molhinho de ovos muito suave, e o do Tiago com um molho de tomate MESMO e bacon também! Segundo prato veio dois tipos de presunto, um eu tinha certeza que era o de Parma o outro eu não consegui descobrir, mas parecia muito com um filé de peito de frango, só que com gostinho de presunto. De sobremesa veio um pudim italiano, sensacional, que parecia um chandelle de baunilha, com calda de chocolate e açúcar em cima, que eu nem sei explicar o quanto aquilo foi bom! Fora o vinho, que era da casa, e estava semi-seco, do jeitinho que eu gosto. E o melhor de tudo: 26€ para os dois!

Tínhamos a noção de que estávamos muito longe do hostel e de que havíamos bebido vinho demais, caminhado demais e estávamos cansados demais (além de já ser 10h da noite) e tentamos pegar um ônibus até o Termini para chegarmos um pouquinho mais perto de casa. Parlando moilto italiano (*detalhe q eu não sei NADICA de italino, quanto mais escrever! A única coisa que eu fazia era falar Ciao, Buongiorno e Quanto costa – o que é muito importante! Ah claro, e balançar a mão pra falar, mas isso já tá no sangue) Voltando, falando um poquinho de italino aportuguesado, conseguimos pegar uma informação de que deveríamos pegar um trenzinho e depois um ônibus para subir até o Termini. Detalhe, nós tínhamos que entrar no trezinho, jogar um moedinha e pegar um ticket que valeria pra utilizar o transporte por 75 min. Ou seja, nós éramos 1 casal de namorados = 1 real... hahahaha. Acho q foi o vinho!

Buonasera!!!!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Quinta, 11 de fevereiro de 2010‏

Hoje o frio estava mais intenso. Eu já comentei que calça jeans é a pior coisa no frio? Eu sinto menos frio quando saio de legging (claro que com uma meia calça por baixo) ou com 2 meias-calças e saia do que quando saio de calça jeans. Bom, hoje foi o dia da calça jeans. Droga.
De manhã estava nevando, na hora do almoço estava nevando e a tarde também estava nevando. Apesar de lindo, um bode.  Sai com uma gaucha pois eu queria muito conhecer a escola de gastronomia chamada Le Cordon Bleu, pois nós trabalhamos com ela e também por ser a mais conhecida do mundo. Rumamos sentido metrô e escola. Não tínhamos almoçado ainda, mas arriscado ir até próximo da escola tentar comer em algum bistrô por lá, pois devia ser mais barato que próxima da escola (que é um bairro trèssss chic).
Bom, paramos em um bistrôt de esquina que tinha vários franceses dentro. Sentamos à mesa e já veio a garrafa de água da torneira e a cestinha de pão (rs). Pedi um chiffonade de saumon fumé au citron vert como entrada e um Andouillette de troyes.
O cara explicou que um andouillette é uma salsicha e tals, então pedimos na incerteza do que íamos comer hahahahaha. A entrada foi super, era uma salada de folhas verdes com uma fatia bem fininha de salmão grelhadinho em cima delas e um azeite com ervas muito bom temperando. Adorei, bem levinho, uma delícia!  Mas quando chegou o Andouillette, Jesus me abana! Veio um cheiro super forte de carne no nariz e nada mais era do que um salsichão com batatas fritas. Já meio decepcionada, cortei um pedaço e o cheiro ficou ainda mais forte. Quando reparamos exatamente no que era tínhamos certeza que aquilo era tripa de porco! ECAAAAAA.. resumo da ópera: só comemos as batatas fritas e mais pão! Hahahahahaha
Fomos para o Le Cordon Bleu e começamos a ver alguns cursos práticos de demonstração e prática. Eles tem cursos que vão de 2 horas até 1 dia, ou o curso de gastronomia que pode ir até 9 meses com diploma. E os preços (salgadíssimos) vão de 40€ a muitas e muitas centenas de euros. Os cursos são os mais variados, de pâtisserie (doces), boulangerie (pães), degustação de vinhos, pratos típicos franceses, pratos de bistrôt, etc.
Aproveitei toda atenção que a mocinha estava nos dando e dei meu cartão pra ela, dizendo que trabalhava com intercâmbio e que a agência vendia também Le Cordon Bleu e perguntei se ela podia me mostrar a escola e explicar um pouquinho mais essa parte pra mim. Ela foi super gentil e nos levou pra fazer um tour pela escola.
Eles possuem duas salas de demonstração que cabem cada uma 60 alunos. Nessas salas existe uma cozinha, telas espallhadas pelas paredes mostrando o que o chef está fazendo e tradução simultânea para o inglês. Depois, passamos para as salas de aula prática, que são cozinhas industriais. Cada sala cabe em média 14 alunos + o chef. Quando entramos em uma delas, estava terminando uma aula e um dos chefs veio conversar conosco e nos deu uma Madeleine de chocolate quentinha, que tinha acabado de sair do forno. E você não tem noção de como aquilo tava bom, derretendo na boca. (Pra quem não sabe, Madeleine é um bolinho típico francês).
Até que compensou o almoço médio por esta Madeleine e por ter conseguido visitar toda a Le Cordon Bleu. Quem sabe eu não volto lá para uma demonstração? (com desgustação no final, claro!).
Acabei voltando para a casa mais cedo (apesar que já eram 5h) para arrumar a mala e deixar tudo certinho para a viagem de amanhã cedíssimo para Roma! Não vejo a hora!
Beijocas!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Terça, 9 de fevereiro de 2010‏

Bonjour! Ça va bien??? Je suis três bien et três heureux (feliz)!
Paris é linda, a vida é bela e tudo está super delicioso. Como eu adoro essa vida de conhecer novos lugares, ver pessoas, ver coisas novas (outras nem tanto assim), outras super diferentes! ADOLO!!!
Hoje saímos da aula e fui almoçar num bistrôt pertinho da escola., que delícia! Já to meio de saco cheio de comer sanduiches naturais, saladinhas e pão! Apesar de achar que até as comidinhas prontas de mercado são muito boas.
O bistrôt chama Square St Honoré e só tinha franceses lá dentro, o que é bom, já que é melhor comer onde os franceses comem do que em restaurantes para turistas, isso quer dizer que estamos comendo mesmo uma comida cotidiana deles. A primeira coisa que o garçom trás aqui é água, e ela é de graça, pois se pedimos uma garrafa de água eles trazem a água da torneira (que é água que todos nós bebemos, até os franceses – água é muito cara por aqui). Eu pedi uma entrada ede soupe de legumes e o plâts de Escalope de Volaille a la Normandie ET Pommes Purée. Nada mais era do um filé de frango grelhado com um molho DELICIOSO de champignon e um purê de batata maravilhoso apimentadinho! Uma delícia! Sabe quando você come e os sabores vão aparecendo na sua boca? Assim é aqui. (Ainda estou na dúvida se é porque as vezes eu fico comendo porcaria e quando eu como de verdade eu sinto mais prazer ou se é porque a comida é realmente muito boa!).
Depois desse almoço delicioso, fomos ver mortos! Hahahahahaha... Sim, estava saindo uma excursão da galera lá do curso para ver as Catacumbas de Paris. Também conhecido como o império da morte! Uhhhhh... super assustador... Mas nada mais é do que um montão de ossos empilhados em um buraco! Hahahahahaha
Foi criado no século 18 pois os cemitérios de Paris estavam superlotados e ameaçando a saúde pública de Paris, devido a uma praga que estava assolando a cidade. O prefeito da época então resolveu tirar todos os cemitérios de Paris e colocar todos os milhões de mortos em uma catacumba no subsolo da cidade.
O passeio consiste em descer até o subsolo e ver milhões de ossos empilhados com uma placa de cada cemitério das quais foram retiradas. Mensagens de morte e de vida decoram os corredores subterrâneos.
Diria que foi um passeio diferente do que estava fazendo aqui em Paris, mas foi um fato histórico e também muito importante para a população. Então valeu a pena conhecer.
Sainda de lá fui até a estação de metrô Gare Du Nord para ver como funciona o Eurostar, já que vou de Paris para Londres para voltar para o Brasil. E também aproveitei para ir até a estação de metrô Port Maillot para ver o ônibus para o aeroporto de Beauvais, que é onde irei pegar o avião para Roma. Vou ter que pegar este ônibus as 6h30 da manhã da sexta e meu vôo só sai as 9h30. Não quero nem ver o frio! Hahahahahaha
As minhas noites consistem em ficar aqui no quentinho do meu quarto, estudando francês, escrevendo no blog e conversando com mamis e resolvendo as pendências de viagem com o Tiago. Ah claro, sem esquecer de passar no Monoprix pra comprar a minha jantinha né?
C´est tout! Um bisou pour tout le monde!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Segunda, 08 de fevereiro 2010

Depois de dormir muito bem na primeira noite na minha nova acomodação, acordei e fui para a aulinha. Estava muito frio, mais frio que na semana passada. Acho que essa semana promete.

Fui passear na Champs-Elysée, a rua mais famosa de Paris e também a mais cara! Desci no metrô que leva o mesmo nome olhei para o lado é lá bem no fundo, pequenino estava o Arc Du Triomphe. Comecei a caminhar em sua direção e as lojas começaram a aparecer. Loja da Sephora, uma loja lindíssima de comésticos, perfumes, maquiagem e tudo mais que você pode imaginar, dei uma paradinha para conhecer um pouquinhos dos produtos e até que por ser na Champs-Elysée os preços não estavam tão diferentes do que em outros mercados.

Entrei também em uma galeria lindíssima com várias lojinhas de artigo e roupas antigas. E encontrei a loja da Louis Vuiton, que na verdade, a da Champs-Elysée não é conhecida como loja, e sim como museu. Poisé, entrei pra dar uma conferida e é SENSACIONAL. Acho que lá dentro tem todas as bolsas, malas e acessórios que existe da marca. São 5 andares de loja. Além da sessão de bolsas feminias, ainda tem as masculinas (que acreditem, são bem mais bonitas), roupas e acessório, sapatos, tudo! Tudo com o LV marcado. Acreditem também, a parece era pintada de branco com o símbolo do LV em alto relevo. Um show! Mas o item mais barato da loja que eu vi, era um chaveiro de bolsa que custava, nada menos do que, 150€! E, pasmem, a loja estava lotada e VÁRIAS mulheres fazendo compras e seus maridos pagando!

Mais adiante encontrei a loja da Swarovski. Uma coisa de doido! Tudo très chére mas tudo muito lindo! Muitos pingentes, brincos, anéis, relógios, pulseiras com muitas pedrinhas. E a loja ainda estava comemorando o aniversário da Champs-Elysée e criou uma coleção de bonequinhas fofíssimas! Que eu fiquei com vontade de ter todas! Encontrei também uma loja de café lindíssima, que vende pó, máquina, essência e tem uma cafeteria dentro também. Lá também  tem muitos bistrôs e lojas de carro: Peugeot, Mercedes, Renault.

Cheguei ao Arc Du Triomphe, depois de 1 semana aqui em Paris, finalmente vi. Agora só falta a Torre hahahahaha! Este arco em estilo romano representa a trajetória de Napoleão. Nele estão desenhadas a maioria das batalhas de Napoleão e o nome dos generais que comandaram as tropas franceses nas vitórias napoleônicas também estão escritos no seu interior. Ele é algo triunfal, muito maior do que podemos imaginar e por incrível que pareça, não é só um arco, pois eu imaginava um arco com só duas pernas, mas ele tem quatro lados e forma quatro lados. Não quis subir até o topo do arco, são 300 degraus por 5€. Hahahahahaha... aqui em Paris eu ando, subo e desço tanta escada, que não agüento pensar em fazer mais esforço!

No final da tarde, antes de ir embora, passei pelo Monoprix, tentei comprar um shampoo e um condicionador pro meu cabelo, pois o que eu trouxe do Brasil (ainda bem que trouxe pouco) está deixando ele muito oleoso. Comprei do John Frieda, que é muito conhecido por aqui e realmente funcionou! Meu cabelo está lindíssimo, mas continua escorrido. Também comprei um vinho por 1€ e um queijinho Brie (um toletão) por 2,5€. ADORO! Com uma baguette, tive um jantar super francês.

Voilá!

Domingo, 7 de fevereiro 2010

Assim que cheguei de Atenas, fui fazer mudança. Sim, depois dechegar no aeroporto de Orly e pegar o ônibus para o metrô, fui até o Bastille, corri até o albergue.

Ainda bem que a minha mala estava no locker em comum. O hostel tem um locker em comum, que mais parece um calabouço de tão estreito e no subsolo que é. Sorte a minha que encontrei um moço lá embaixo e ele, quando viu o tamanho da minha mala (que basicamente era da largura da escada) se ofereceu para me ajudar mala-escada-acima! Mala intocável, adorei! Peguei meus pertences de valor no cofre da recepção e parti para o metrôzão!

Devo dizer que achava que seria muito mais difícil do que realmente foi, mas assim que cheguei no topo da escada para descer pro metrô, um negão chegou pra mim e me ofereceu ajuda. Desceu minha mala. Depois que eu entrei na catraca, tinha uma outra escada para subir para a plataforma (novamente, reforço a minha tese de que elevador não existe e escada rolando é bem raro por aqui – coitado do deficiente físico) e adivinha? Um outro francês veio se oferecer para me ajudar. Subiu minha mala.

Ainda bem que era a mesma linha, só tive que colocar a mala no vagão, sentar-me e esperar até a próxima. E adivinhem? Minha sorte era tanta nesse dia que na estação que estou agora “Les Sablons”, tinha escada rolante tanto para subir da plataforma, como para subir para a rua! Adorei!

Encontrei a rua muito facilmente e cheguei ao prédio. Era um prédio com um jardim no centro e as janelas voltadas para este jardim (não sei o nome em português disso). O Monsier Duquesne veio me atender (meu host). Disse que meu nome vinha da Melina Mercury (uma cantora ridícula, busquem alguma música dela). Subi e ele me apresentou a Mme Duquesne. Formavam um casal de seus 60 – 70 anos. Ela me mostrou a casa, me mostrou meu quarto, disse que lavaria minha roupa, perguntou o que eu gostava no café da manhã e me deu as chaves. Muito simpática!

Meu quarto é lindo e muito francês! Depois vou tirar algumas fotos. Ele tem uma pseudo-lareira de mármore com um espelho gigante em cima. Há também uma porta balcão com cortinas enormes, uma leve e outra mais grossa. Minha cama tem lateraisde madeira, como se fosse um sofá e muitas almofadas coloridas em cima. Há mais 2 espelhos nas paredes, um deles parece da bruxa da malvada da Branca de Neve! Os spots são em formato de candelabro, tanto no teto como na parede e só tenho 3 abajures no meu quarto! Hahahahahaha... Eles adoram luzes indiretas. Só sei que eu adoro o meu quarto, queria levá-lo para o Brasil! Hahahahaha Tem também um closet, bem pequeno, com uma arara e um gaveteiro, mas minha mala gigantesca não cabe lá dentro.

O meu banheiro, que na verdade não tem ligação direta com o quarto, mas fica ao lado e eu sou a única que uso, tem 2 pias (sim), uma banheira e um chuveiro separado. A Mme me perguntou se eu prefiro tomar banho de chuveiro ou banheira. Hahahahaha Será que ela ia me dar uns sais de banho? Ele é enorme, quase do tamanho do quarto. Lindíssimo!

Adorei a casa e também o bairro, que é tão charmoso quanto a Bastilha. Mais um lugarzinho pra caminhar e desvendar os mistérios (será que dá pra morar cada semana em um bairro?)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Domingo, 7 de fevereiro 2010

Domingo de manhã acordamos bem cedinho para poder aproveitar o pouquinho da manhã que tínhamos para Atenas. Fomos até a Hadrian´s Library que tinha ficado faltado. Localizado ao norte do Roman Agora, esta livraria foi construída pelo imperador romano Hadrian (óbvio), Basicamente, a arquitetura consistia em construções nas laterais e uma praça central aberta.  Mas a livraria não era somente uma livraria, como o nome sugere, ela fornecia ao povo um novo e múltiplo propósito, pois era uma praça, centro cultural, jardim, livraria e centro de leitura, e também, local para exposições de arte. Dentro deste complexo, também havia uma igreja chamada Tetraconch, situada na praça central. Ao fundo da livraria, encontramos outra igreja chamada Saint Asomatos.

Depois disso, fomos para o Templo do Olímpico Zeus, que na verdade fica bem no centro de Atenas, na estação Syntagma. Mas antes disso passamos tomar um café-da-manhã em um café. Chocolate quente delicioso e mais salgado de queijo feta. Hum... vou sentir falta...

Chegando ao Templo de Zeus, a entrada é o Arco de Hadrian, que foi construída para celebrar este imperador pelas muitas benfeitorias que ele fez pela cidade. Zeus era o chefe dos deuses e seu templo é o clássico templo grego. Ele ficava situado no meio da cidade, entre casas típicas da época e também os famosos banhos romanos. A vista para a Acrópole é sensacional e vice-versa. Uma das colunas monumentais do templo está caída e dá pra ver certinho como elas eram feitas milimetricamente perfeitas e também todas encaixadas uma sobre as outras.

Por fim, fomos embora pois já estava próximo às 11h e deveríamos fazer o check out no Hostel. Andamos até o metrô e paramos em frente ao Parlamento Grego, pois estava tendo uma marcha dos soldados. Como era o carnaval deles, parece que é típico eles fazerem esta marcha no domingo de manhã.

Corremos para o hostel, pegamos as malas, dissemos tchau ao indiano e voltamos correndo para pegar o ônibus para o aeroporto. Sorte que chegamos e só esperamos 10 minutinhos pela saída do ônibus. Chegamos no aeroporto e tudo deu muito certo. Fizemos o check in e fomos passear no freeshop. Mal chegamos e o vôo do Tiago já estava atrasado em 15 min... mas foi só! 

Nos despedimos e torcemos para que o próximo final de semana seja tão intenso quanto esse!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sábado, 6 de fevereiro 2010

Sábado acordamos o mais cedo que conseguimos, pois estávamos muito cansados e a cama estava muito confortável e quentinha e fomos para a Acrópole. Tomamos um café da manhã antes de começar a maratona pelas ruínas dos templos gregos, e o café também foi maravilhoso. Além de um cappucino para qualquer barista gostar ainda foi servido um pãozinho com o que de recheio? Nada mais, nada menos do que o delicioso queijinho feta... Hummmmmm....

O ingresso da Acrópole custa 12€ e dá direto a entrar no Ancient Agora, Roman Agora, Teatro de Dionysos, Temple of Olympic Zeus e Hadrian´s Library. Pra quem não sabe, Acrópole, significa “cidade alta” e geralmente ficava na parte mais alta da cidade, murada de todos os lados, onde era resguardado a sede do governo.

Assim que entramos o primeiro monumento que vimos foi o Teatro de Dionysos, menor do que eu imaginava, mas lindíssimo. Ele fica no pé da Acrópole, no início da subida. Os teatros eram na verdade, arenas circundadas por arquibancada. Vimos que existem cadeiras diferentes que provavelmente seriam para autoridades da época que são localizadas mais ao centro e próximas da arena. Na verdade, ao pé da Acrópole existem 2 teatros, este e o de Herodes Ático. Este último ainda hoje são encenadas algumas peças ou danças.

Continuando nossa subida a Acrópole, nos deparamos com o Templo of Asclepios e uma vista de cima do Teatro Herodes Ático.Quanto mais subíamos, mais a cidade se mostrava para a gente, a visa da Acróple é inacreditável, conseguimos ver toda a cidade e o Mediterrâneo.
Chegamos à entrada da Acrópole que era o Templo da Atenas Nike. O nome da Acrópole foi dedicado a deusa Atenas, que era a deusa padroeira da cidade, por isso do seu templo ser na entrada. Mais adiante o Pathernon, muito maior que a templo de Atenas, é visto como o símbolo duradouro da Grécia e da democracia.

O Erecteion, também conhecido é um templo grego consagrado a Atenas, Poseidon e Erecteu (mítico rei ateniense). Neste templo ao invés de ter colinas em uma de suas laterais, são seis cariátides (mulheres) fazendo as vezes de colunas. Há uma história que diz que no interior do templo, vivia uma serpente, à qual se oferecia um bolo sagrado cuja recusa era tomada como sinal de mal agouro para os atenienses. Terminado as desventuras e mistérios sobre a Acrópole de Atenas, fomos para outra parte de chamada Ancient Agora. 

Basicamente os Agoras são antigos locais de mercados e um importante ponto da vida social e cívica. Uma curiosidade, é que era lá que ficavam as casas de banhos, aquelas em que todo mundo ia, claro, pra tomar banho... cheios de banheiras. Aliás, em todo lugar que eles encontram uma dessas (pode ser no metrô, no meio da rua, eles abrem e deixam para expor. Voltando, existem dois agoras, um Ancient eram dos gregos e o Roman que foram os romanos quem construíram.

No Ancient Agora, logo em sua entrada vimos uma Igreja que está em quase perfeita condição chamada A Igreja dos Apóstolos Sagrados, do século 11. A reconstruída Stoa of Attalos, que hoje funciona como um Museu do Ancient Agora, que exibe, em sua maioria, artigos ligados a democracia ateniense. Vasos, escudos, armas, esculturas, moedas... Também muito importante, está no Ancient Agora o Templo de Hephaestus, ele era o deus da tecnologia e dos trabalhos manuais como artesãos, escultores. Na mitologia, a mão de Afrodite foi dada por Zeus para este moçoilo ai em troca de prevenir outros conflitos entre outros deuses. Afrodite por sua vez, não contente com isso, acabou tendo um caso com Ates, deus da Guerra. Quando Hephaestus descobriu, ficou puto e fez com que os dois fossem tragados para o Monte Olimpo para envergonhar-se da pouca vergonha em frente aos outros deuses. Por outro lado, os Deuses riram dos dois amantes peladões e Poseidon persuadiu o traído a enviá-los de volta com a garantia de que Ares iria pagar por isso.

Por fim, encontramos o Odeion of Agrippa, que ocupa o centro do Ancient, e foi um presente do povo de Atenas para Marcus Agrippa, um general romano. Era um auditório que cabiam aproximadamente 1000 pessoas. Sua decoração externa foi feita com pilastras coríntias (que hoje, foi só o que restou).

Depois disso fomos para o Roman Agora, que é bem menor em comparação ao outro. Foi construído pelos romanos e financiado por Julio Cesar e Augustus. Ele consiste em um jardim grande e aberto cercado de colunas por todos os lados. O monumento mais importante é a Torre dos Ventos, alta e com formato octagonal, foi construída por um astrônomo e é a personificação de 8 ventos cravados nos 8 lados da torre.

No finalzinho do Roman, fomos expulsos por um guarda, que disse que já estavam fechando! Hahahahaha.. Tivemos que aproveitar até o último minuto. Ainda faltou ver o Templo de Zeus e a Libraria de Hadrian´s.
Saímos em busca de alguns souvenirs e também de um lugar maravilhosamente bom para comer. Acabei comprando um chaveiro de olho grego (que eu já queria, então aproveitei pra trazer um da Grécia, porque eu sou chique né benhê!).

Achamos um restaurante chamado Adrianou, pra variar comemos bem e pagamos pouco. Comemos uma entrada de berinjela com queijo feta e parmesão derretido por cima e um Souvalak, prático típico grego que basicamente é um espetinho de carne (no nosso caso, preferimos o porco) com pimentão vermelho e verde e batatas cozidas. Tomamos um cerveja de inverno grega chamada Mythos, uma delícia. E para não ficar pra trás do outro restaurante, fomos super bem atendidos e o garçom nos trouxe uma sobremesa chamadas Halvas, que era uma tortinha que quando colocava na boca parecia um sagu bem pequenininho com gostinho de açúcar queimado, cravo e canela. Hummmm... quero mais!

Depois de comermos, fomos passear na rua da balada. É uma ruazinha com cara de Campos do Jordão que não passa carro no meio, tem barzinhos dos dois lados e um aquecedor delicioso entre todas as mesas... Paramos para tomar uma cerveja, e foi a pior coisa que fizemos, além de só ter adolescentes atenienses para todos os lados, a cerveja custava 6€ (ou seja, tomamos só 2, uma pra cada) e tinha um casal do nosso lado fazendo travessuras proibidas em pública que nos incomodou demais! E fomos embora, pois só tínhamos mais aquela noite na cama gostosa do hostel! Hahahaha...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sexta, 5 de fevereiro de 2010.

Na sexta-feira fomos para Atenas. Peguei o vôo e ia encontrar o Tiago as 15h. Infelizmente o meu vôo chegou no horário mas o dele não... só foi chegar as 19h30. Ou seja, tomei o maior chá de cadeira do universo, estava me sentindo o próprio Tom Hanks em O Terminal.

O vôo foi bem tranqüilo, apesar dos pesares. Voamos de EasyJet, uma companhia low cost – low fare, que de tão low fare que é, o serviço de bordo tem que pagar! Hahahahaha.. Apesar de não ter achado o atendimento deles muito bom em nenhum lugar (tanto em Paris, como em Atenas, quando precisei de algumas informações sobre o atraso do vôo do Tiago) o avião até que não era dos piores... me senti voando GOL, ainda mais pela cor laranja.

Enquanto esperava o Tiago, fui descobrindo um pouquinho de Atenas, de como me virar e do que conhecer. Basicamente minha primeira preocupação  era com transporte e assim encontrei um guichê de informação turística no próprio aeroporto assim que soube que teria 4h de espera até o Ti chegar. Uma senhora muito simpática me ajudou a entender que existe um passe de 15€ para 3 dias de open metrô e ônibus para o aeroporto. Sendo assim, fui até a estação de trem para comprar nossos bilhetes.

Assim que o Tiago chegou, pegamos o ônibus que demorou mais ou menos 1/2h para chegar até a estação de metrô principal chamada Syntagma. Nesta estação tivemos que fazer uma baldeação até a estação Metaxourgio, que era a estação que ficava o nosso Hostel (San Remo). Assim que chegamos ao Hostel, um indiano (acho) muito simpático nos atendeu e nos explicou onde comer, onde passear, o que visitar (eu basicamente já sabia). O Hostel era muito simples, mas muito aconchegante. Uma cama de casal (muito boa por sinal, dormimos muitíssimo bem), um banheiro dentro do quarto com o empecilho de que o banho, apesar de ducha forte e quente, era um chuveirinho, então tínhamos que tomar banho um segurando o chuveirinho pro outro... patético se não fosse tão engraçado.

Assim que chegamos ao hostel, deixamos as coisas e já saímos para tentar aproveitar um pouquinho do que tinha restado da sexta-feira. Descemos na estação Syntagma e descobrimos uma praça lindíssima com o Parlamento de fundo todo iluminado, um prédio antigo (mas nem tanto quanto as ruínas). Fomos andando e seguindo o fluxo, descobrindo e vendo a cidade (apesar da fome estar muito apertada). Descobrimos a primeira visão da Acrópole, linda, toda iluminada a noite... depois descobrimos pertinho de uma outra estação de metrô a Livraria de Hadrian´s, também iluminadíssima a noite, e pertinho de comércio e restaurantes. Foi muito gostoso continuar andando e descobrir uma rua cheinha de restaurantes onde todos eles tinham vista para a Acrópole iluminada e também para o Pathernon.

Escolhemos um para nos sentar pelo atendimento. O mocinho que nos atendeu foi muito simpático, nos deu um cardápio em inglês (pois o idioma grego é muito difícil... impossível de se entender a escrita, mas eu acho que algumas palavras são muito parecidas com o francês). O restaurante chamava Movoes – Restaurante Mediterrâneo e o garçom simpático nos indicou uma Mousaka e um Cordeiro com queijo feta e batatas, acompanhando, claro, um vinho da casa.

Posso dizer que além de estarmos sentados do lado de fora do restaurante, pertinho de um aquecedor super charmoso para nos aquecer  com vista para Acrópole e Pathernon iluminados, a comida era SENSACIONAL? Sim, a Mousaka tinha uma base de berinjela com uma camada de carne moída e queijo torradinho e derretido por cima, além do que tinha um gostinho de noz moscada muito sutil e delicioso! O cordeiro estava derretendo na boca, com batatinhas cozidas, pimentões verdes e vermelhos e quejo feta, que é um queijo grego maravilhoso... uma mistura de queijo cottage (mais sequinho) com gorgonzola... Não sei explicar, só sei que eu fiquei apaixonada!

Depois de comer um montão, pagar pouco e beber 1/2L de vinho, só nos restava ir dar uma dormidinha para acordar muito bem no sábado e conhecer toda Atenas.